O Ministério da Saúde lançou o Centro Nacional de Informações do Trabalho em Saúde (Cenits) , que compila dados destinados à produção de informações para subsidiar gestores e profissionais na formulação e implementação de políticas públicas de saúde.
O lançamento aconteceu durante o Encontro Internacional do Trabalho Decente, Digno, Humanizado e Democrático no SUS, realizado nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, em Brasília.
O novo portal apresenta dados sobre saúde e segurança, carreira, regulação e censo da força de trabalho no SUS. Com a plataforma, é possível acessar painéis de apoio à gestão, que sistematizam dados e informações sobre profissionais da saúde, contemplando as quatro esferas governamentais: federal, estadual, distrital e municipal. O levantamento é realizado a partir de diferentes bases de dados e sistemas oficiais do governo, como o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde; Sistema de Informação de Agravos de Notificação; e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
DimeRede
Na ocasião, a pasta também lançou a estratégia DimeRede, voltada ao planejamento e dimensionamento da Rede de Atenção à Saúde. Também foram instaladas a Comissão Nacional para Planejamento e Dimensionamento da Força de Trabalho no SUS; a Comissão Técnica para elaboração do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde e Segurança da Trabalhadora e do Trabalhador do SUS; e a Comissão de Discussão e Elaboração de Proposta de Carreira no Âmbito do SUS.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a participação intersetorial na elaboração das ações e nos debates temáticos, inciativas fundamentais para reconhecimento dos mais de 3 milhões de profissionais atuantes no SUS. “Temos que unir esforços para que os profissionais tenham condições de trabalhar por um SUS universal, integral e, cada vez mais, equânime. Este é um momento especial de retomada, seja das políticas públicas inclusivas, seja da transparência nas ações em prol da vida e da equidade”, disse a ministra, que mencionou algumas iniciativas como a implementação do Piso Nacional da Enfermagem, a retomada da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS e o lançamento do aplicativo Equidade SUS.
Segundo a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Isabela Pinto, neste primeiro ano de governo foi necessário reconstruir diversas pautas, redirecionar a atuação e reavaliar os processos para a gestão do trabalho na saúde. “Nos últimos anos, sofremos com o desgaste da área. Precisamos enfrentar esse debate olhando para a nossa realidade e a complexidade que nos é exigida. Não há uma solução única, devemos observar diferentes caminhos para colaborar com os diferentes modelos de gestão, que são complexos e diversos”, observou.
Para o representante da Organização Pan-Americana da Saúde, Júlio Pedroza, o Brasil sabe que possui muitos desafios no campo da gestão do trabalho, mas vem liderando, com outros países das Américas, iniciativas voltadas à revalorização dos trabalhadores. “É importante destacar que o povo brasileiro tem orgulho do seu sistema de saúde. Isso não significa que pessoas beneficiadas pelo SUS não tenham críticas, obviamente existem várias considerações, mas são com intuito de ampliar, melhorar e fortalecer a rede de saúde do país”, pontuou.
O encontro também reforçou a necessidade de fomentar e orientar o debate e a formulação de políticas específicas para o trabalho decente, tendo em vista as realidades sociais, políticas e administrativas do SUS. Estiveram presentes cerca de 250 pessoas, entre gestores, trabalhadores, representantes das secretarias e superintendências estaduais do Ministério da Saúde, sindicatos trabalhistas, controle social, instituições nacionais e internacionais de saúde e trabalho, como também especialistas nos temas debatidos.
Texto: Com informações do Ministério da Saúde
Fotos: Ascom Ministério da Saúde
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